terça-feira, 16 de agosto de 2011

A NECESSIDADE DE SER IGREJA


O POF (Pesquisa de Orçamentos Familiares), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), divulgou em 2011 uma pesquisa feita entre 2003 e 2009 onde se constatou que em 2009 cerca de 14% das pessoas que se declaravam evangélicas no Brasil não tinham nenhum vinculo institucional-denominacional, esse numero era de apenas 4% em 2003. O BEPEC (Bureau de Pesquisa e Estatística) Cristã fez igual pesquisa e apontou 12,5% em 2010. A diferença de 1,5% ficou dentro da margem de erro. Esse percentual representa cerca de 4.000. 000 (quatro milhões de pessoas) que corresponde, por exemplo, a metade da membresia das Assembléias de Deus, maior denominação evangélica do Brasil, ou cerca de ¾ (três quartos) dos fieis da IURD, maior denominação neo-pentecostal brasileira. Os números são tão significativos que esse grupo já ganhou uma alcunha: os desigrejados. Vale salientar que a pesquisa não destacou os que se declaram membros de alguma igreja e freqüentam esporadicamente. Nos EUA esse grupo corresponde a quase 50% da membresia das igrejas, no Brasil, creio, não seria muito diferente.

Esse números alarmantes têm causas e algumas podem ser apontadas:

sábado, 13 de agosto de 2011

Não Se Trata Apenas de Igrejar os Desigrejados

É fato que aqueles que representavam os espoliados sociais se sentiam bastante a vontade com Cristo, gostavam dele, procuravam segui-lo. Contudo, quando perguntamos sobre que relação destes tem com os seguidores de Cristo a resposta não é a mesma, existe alguma coisa que destoa aqui!
Hoje perguntei aos meus alunos o que eles entendiam por Igreja, e as respostas foram para o mesmo caminho: "um espaço, um grupo de pessoas onde Deus atua ou está". Será essa a definição que teriamos de Igreja se perguntassemos fora de nossas paredes? Não precisamos sair as ruas para termos a resposta, basta notar nossa falta de atração para com os espoliados (e aqui não me refiro apenas aos pobres economicamente mas aqueles que são tidos como não-normais). Basta lembrar aquela história contada por Phillip Yancey em seu livro "Maravilhosa Graça" em que uma prostituta perguntada porque não ia a igreja ela disse que já se sentia culpada demais!

A Igreja parece passar por um total descrédito no quesito de atração social.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

O "EXISTENCIALISMO" DE ECLESIASTES


 Eclesiastes, um dos livros mais fascinantes da Bíblia é justamente um dos quais não sabemos quem foi seu autor. Reza a tradição ter sido um Salomão já velho dos seus dias farto talvez de tantas descobertas, tantos debates, tantas corridas "atrás do vento". Se Salomão ou outro, o fato é que o bojo do livro revela um existencialismo que faria uma Heidegger ou um Sartre ficar de cabelos arrepiados tamanha a capacidade de síntese dos problemas mais comuns do ser humano. Em eclesiastes não estamos diante de reis e grandes batalhas, não estamos diante de grandes milagres, pão não cai do céu em eclesiastes (ele é lançado sobre as águas). Ao contrário disso tudo, na leitura desse livro mergulhamos a uma vida percorrendo um caminho comum nessa terra, a nossa vida! 

MEU SENHOR E PASTOR

Uma devocional no Salmo 23

INTRODUÇÃO:
Escrito por Davi quando já era rei de Israel, o salmo 23 é poetizado em quatro quadros, o primeiro está nos versos 2 e 3a e mostram um pastor com suas ovelhas num local agradável onde o pasto é bom e a água limpa e parada. O segundo está nos versículos 3b e 4, o que se apresenta é esse pastor agora guiando seu rebanho por caminhos conhecidos por ele, e dando à suas ovelhas orientação e segurança mesmo nos trechos perigosos do caminho. A terceira cena (verso 5) é de alguém que se banqueteia com comida farta e bebida abundante. Finalmente o salmo se encerra com um quadro de um adorador continuamente no tabernáculo. Esses quadros trazem uma mensagem de segurança e nos leva a confiar completamente em Deus. O versículo 1 nos dá uma visão da perspectiva em que foi escrito do texto, é preciso entender o texto a luz desse verso,

Desafios da Igreja Evangélica Brasileira

O futuro da Igreja Evangélica Brasileira está diretamente ligado à sua capacidade de lidar com os desafios enfrentados no presente. Antes, porém, de alistarmos tais desafios, faz-se necessário delimitar o que é a igreja evangélica brasileira. Afinal, de contas temos muitas "igrejas dentro" da igreja brasileira. Como afirma Jose Miguez Bonino, o protestantismo brasileiro, assim como o latino-americano possui muitas faces, muitos rostos. Todavia, sem emitirmos juízo de valor sobre qual é o rosto que melhor representa a igreja dentro da sociedade, postulamos que as igrejas históricas, aliadas às pentecostais clássicas parecem ser as que melhor carregam a bandeira da herança protestante. Mesmo que essa herança tenha sido deixada nos moldes do fundamentalismo norte-americano.